Nem o jogo da Seleção Brasileira contra o Paraguai atrapalhou! O domingo ensolarado levou as bibas a tirarem as camisas, as travas a mostrarem os peitões e as sapatas, mesmo com o calor, a se agarrarem ainda mais. As famílias foram contagiadas pelo clima de alegria que impregnava as ruas e também fizeram o bolo crescer.

A Parada Livre de 2005 inovou convidando a Escola de Samba Praiana para abrir os trabalhos de palco às 13h e assim garantir um público animado para os tradicionais shows das drag queens e gogo boys, que vieram em seguidinha sob a batuta das divas Laurita Leão e Glória Cristal. Loucura total! Às três e meia a grande marcha da Parada Livre saiu às ruas (não sem as dificuldades causadas pela concentração de pessoas, calculada em cerca de 70 mil pela Brigada Militar) e deu a volta na Redenção, retornando ao ponto de partida, onde uma festa prestigiada por milhares de pessoas tomou conta do palco até as 22h.

A marcha é sempre o grande momento da Parada Livre, que contou com seis trios elétricos agitando a galera que vinha rebolando atrás do som que mais curtia. Bibas montadas e desmontadas, sapatas e travestis invadiram os corredores de ônibus deixando os guardas da EPTC em pânica!

Composta por gente de todas as tribos da cidade, a população aprova mais uma vez a Parada Livre e faz com que o evento permaneça incluído no Calendário Oficial da capital gaúcha. Além dos portoalegrenses, delegações vindas de Pelotas, Santa Maria, Caxias, Lajeado, Passo Fundo, cidades do Vale dos Sinos e de outras regiões do interior do Rio Grande do Sul engrossaram o caldo de gente.

A Parada Livre acontece desde 1997 e é iniciativa do nuances, grupo pela livre expressão sexual, que este ano dividiu a coordenação com a Igualdade Associação de Travestis do Rio Grande do Sul.

Pelotas -10 de Julho Alvorada - 17 de Julho